PT e a imprensa
Relação do governo do PT com imprensa é ríspida, diz La Naciónda BBC Brasil
Os casos recentes de brigas envolvendo militantes do PT e jornalistas e a convocação de cinco jornalistas da revista Veja pela Polícia Federal são abordados pelo jornal argentino La Nación.
Segundo o jornal os casos de agressões a jornalistas "se tornaram um fator de preocupação no Brasil" onde a "relação do governo do PT com a imprensa é ríspida".
O jornal cita a convocação dos jornalistas da Veja para responderem sobre as fontes usadas em uma reportagem que denunciava o envolvimento de policiais no escândalo do dossiê contra o ex-prefeito José Serra e as agressões feitas por militantes do PT a jornalistas que esperavam a chegada do presidente Lula no Palácio da Alvorada.
O La Nación diz que "Lula frequentemente classifica as críticas (da imprensa) como preconceito ou como conspirações de forças conservadoras.
Segundo o diário "a oposição e a sociedade fizeram Lula desistir" da idéia de criar um órgão para orientar e fiscalizar a categoria.
A reeleição
Outro jornal argentino, o Clarín, traz um editorial fazendo um balanço do primeiro mandato de Lula e apontando os principais desafios dos próximos quatro anos.
O balanço diz que a reeleição concedeu "respaldo a uma política que garantiu governabilidade , estabilidade econômica e uma sensível redução da pobreza".
O Clarín também elogia a política externa "de alto perfil" do governo, dizendo que Lula utilizou "seu carisma e prestígio pessoal e intensificou as relações com o mundo em desenvolvimento" e que a reeleição significa "continuidade para uma política externa comprometida com o Mercosul".
Os principais desafios no novo mandato serão "lograr um maior crescimento, uma redução mais contundente da pobreza, da exclusão e da desigualdade social, da criminalidade e da corrupção", diz o jornal.
Mundo da fantasia
A participação de George W. Bush na campanha para as eleições de novembro nos Estados Unidos é destaque de editorial do diário The New York Times, que faz duras críticas ao presidente americano por estar criando um "mundo fantasioso" e "criando inimigos falsos" em uma campanha "particularmente suja".
O jornal se refere à postura do presidente quando trata de assuntos como Iraque ou combate ao terror.
"No mundo de Bush, a América está fazendo progressos reais no Iraque", diz o jornal, exemplificando o "mundo de fantasia" do presidente.
"No mundo de Bush, há apenas dois tipos de americanos: os que são contra o terrorismo e os que de alguma forma não se importam com ele (o terrorismo)."
Segundo o The New York Times, essa postura do presidente Bush "é destrutiva para o tecido da nação que ele deveria estar liderando".
From: FOLHA, 02/11/2006
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