Tuesday, September 12, 2006

Evo acusa oposição de tentar derrubá-lo


Uma acalorada troca de acusações tornou ainda mais grave a tensão entre o governo de Evo Morales e alguns departamentos (Estados) bolivianos.

De um lado, o presidente acusa os governadores de seis das nove regiões de conspirar contra ele ao terem colocado em prática um plano para derrotá-lo. Por outro, os líderes dos Estados afirmam que Morales não respeita a Constituição do país. Evo Morales disse que os governadores de Santa Cruz, Beni, Pando, Tarija, La Paz e Cochabamba se reuniram para tirá-lo do poder.

“Eles acreditam que eu ainda possa ficar muitos anos no governo, por isso querem me tirar daqui antes que eu me consolide como presidente”, afirmou o presidente. Em resposta, o governador de Cochabamba, Manfred Reyes Villa, acusou Morales de mentir, já que em nenhum momento durante as reuniões se falou em planos para derrubar o presidente. Já o presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz (a região mais próspera do país), Germán Antelo, fez um pedido a alguns chefes militares para que as Forças Armadas respeitem a Constituição, diante de tentativas do governo de transgredir as leis para manipular a Assembléia Constituinte.

"Ultimamente, estão tentando amedrontar a população com a polícia e com as Forças Armadas, como se fossem transgressores das leis e da Constituição”, afirmou Antelo. Já o governador de Tarija, Mario Cossío, declarou que “a unidade do país está em risco”. O confronto entre os governadores e políticos do sudeste do país começou no dia 1º de setembro, quando o partido de Evo Morales, o MAS (Movimiento al Socialismo), aprovou em primeira instância uma norma que lhe permitiria controlar totalmente a Assembléia Constituinte, que funciona em Sucre. Durante a sessão, a oposição abandonou o plenário em protesto à decisão. Durante a confusão, o líder do MAS, Román Loayza, caiu num fosso, bateu a cabeça e entrou em coma.

Em visita a Loayza, Morales passou por uma situação constrangedora quando um paciente, aos gritos, o acusou de ser um “narcotraficante”. Mais pacientes juntaram-se ao coro, enquanto outros defendiam Evo Morales. (Agência Estado)

From: A Tarde, 11 de setembro.

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